Nasceu minha newsletter 0/
Welcome: aqui vc vai encontrar news sobre mundo digital, tendências, moda, comportamento, cultura pop e pitacos
Oi, tem alguém aí? Depois de muito elucubrar lancei essa news estimulada por algumas pessoas e por ter me apaixonado pelas newsletters.
Sou editora de conteúdo e social media e vivi o boom dos blogs. Tenho saudades daquele tempo onde a gente alimentava um blog e no máximo uma rede social.
As newsletters estão bem mais em alta do que a blogosfera hoje em dia. Bem empolgante este momento pra quem ama escrever! A não ser que você já seja famosa/o e tenha construído a sua comunidade com um blog/outros canais, com um público fiel te acompanhando, recomendo para quem quiser escrever e pra quem quiser ler conteúdos diversos e sensacionais.
Me deparei com um texto muito legal da Vanessa Guedes sobre esse assunto.
Ela começa dizendo que os textos a inundam. Eu sinto a mesma coisa!
Blog ou newsletter?
“Se você estiver lendo esse texto em 2002, blog. Na próxima década, newsletter será sinônimo de spam, propaganda de loja e promoção, e as pessoas estarão usando ferramentas RSS para ler textos na Internet. Sua avó e sua mãe ainda estarão confusas e provavelmente off-line, sem entender bem a diferença entre digitar um e-mail e uma URL no campo de texto do navegador. Blog é o negócio entre 2002 e 2015.
Se você estiver lendo isso em 2022, newsletter. O e-mail é o único elemento que atravessou conosco 3 décadas de world wide web e continua firme e forte. Hoje as pessoas e os serviços de e-mail aprenderam a lidar melhor com spam; quase todo mundo sabe a diferença entre uma newsletter de loja e uma newsletter literária - se ainda não sabem, em breve saberão. Confia. Sua mãe e sua avó estão mais online do que você e também leem textos, ou melhor, textão - mas no Facebook, no WhatsApp e no Instagram. Na newsletter, as pessoas têm seus textos guardados para sempre no e-mail delas. Não importa o que você faça no futuro, o texto já entrou lá. Não é mais só seu.”
O RSS faleceu quando o Google Reader foi descontinuado. O Google Reader era uma das coisas mais bacanas da internet, era descentralizado. Mas o Google descontinuou o projeto porque não encontrou formas de monetizá-lo. Em seguida começamos a ser (mais) controlados por algoritmos e grandes plataformas. Foi o fim de uma era. Não sei se adianta tentar explicar pra quem não viveu aqueles tempos gloriosos, fico triste só de pensar que estamos órfãos dele há quase uma década!
Parece que a Internet de hoje (estamos na web2 com web3 ensaiando um começo), as plataformas ainda têm muito poder, mas até quando? Pra quem quiser ler mais sobre NFTs e Metaverso, indico a Mentaland e a newsletter da Inevitable.
O QUE ESPERAR?
Algumas opiniões e indicações sobre viagens, restaurantes, literatura, vida minimalista e muita curadoria de conteúdo. Aqui você vai encontrar notícias sobre cultura pop, moda e cultura, além de atualizações sobre redes sociais, Conteúdo e Comunicação, tendências de comportamento.
Meu sonho é ser uma editora da Dazed com um pouco da Wired.
» Quero agradecer ao estímulo que a Lalai me deu pra escrever. Não moramos tanto tempo simultaneamente em São Paulo, mas durante a pandemia, seguimos trocando à distância. Ela escreve a ótima Espiral e toca vários projetos super interessantes.
A Sheffield Hallam University, do Reino Unido, retirou rasteiramente o curso de Literatura Inglesa do ano acadêmico de 23/24, por causa da ameaça do governo de parar de subfinanciar os chamados diplomas “Mickey Mouse”.
A questão é econômica mas bastante preocupante, afinal entender língua e linguagem (e como podemos ser manipulados com histórias) nos dias de hoje é essencial. Sou formada em Letras Tradução e acho que alguns cursos poderiam passar por uma reformulação. Mas como bem disse alguém no Twitter, fazer Letras não é sinônimo de ficar lendo poesia, é sobre antropologia, arqueologia, política, história, belas artes, linguística, comportamento, psicologia entre outras áreas, tudo em um curso.
Existe uma corrente que desvaloriza os cursos das Humanas porque o retorno financeiro dos profissionais geralmente é mais baixo, mas desconsiderando todo o valor cultural propiciado para a sociedade. Muitos livros de Literatura posteriormente são adaptados para séries e filmes, caem nas plataformas de streaming e são consumidos em massa. Estas obras são retratos da cultura e sociedade de uma época, são lições sobre a Humanidade.
» Aproveitando o gancho, O NYT publicou uma reportagem que tenta explicar por que o Tik Tok tornou-se vital para a indústria dos livros.
» Chorar nas redes sociais está em alta. Entenda.
Depois de *metaverso*, chegou a vez da palavra *comunidade* virar buzzword. Felizmente tenho visto várias marcas falando sobre construir uma comunidade. O consumidor mudou bem antes da pandemia - desde que começamos a usar os smartphones, a comunicação é bidirecional. Eles querem conversar, e as marcas finalmente sacaram que manter os clientes ativos e engajados para além da mera transação comercial gera mais assunto - e mais vendas por consequência. Este excelente artigo mostra o esforço grande que marcas e veículos estão fazendo para criar comunidades em torno de si.
» O podcast A Mulher da Casa Abandonada, do talentoso Chico Felitti, viralizou. O podcast investiga a história de vida de uma figura misteriosa. Uma mulher que mora em uma mansão abandonada no bairro Higienópolis, um dos bairros mais ricos de São Paulo. O jornalista fez uma investigação que passa por uma praça de São Paulo, um subúrbio de Washington e por uma empresa que faz foguetes e satélites para a Nasa. Por trás de um nome inventado e de uma camada de pomada branca que passa na cara, a protagonista esconde a acusação de ter cometido um crime hediondo nos Estados Unidos, vinte anos atrás. Ela escapou de um julgamento nos EUA e do FBI, e tem sua história contada pela primeira vez. Ouça.
» Provavelmente Julia Garner interprete a Madonna no filme sobre a história da pop star, que será dirigido pela própria Madonna (suspiro).
» Bons ventos da Suécia: finalmente a H&M vai desembarcar na América do Sul.
Semana passada faleceu Danuza Leão, uma mulher à frente do seu tempo, que escreveu ótimos livros sobre bem-viver e comportamento. Ela acompanhou o nascimento da Bossa Nova, façanha propiciada por ser irmã da Nara Leão, aquela cantora. Além disso, foi uma das primeiras modelos brasileiras a fazer carreira internacional. Depois virou colunista social. Danuza também atuou como jurada de programa de TV, produtora de arte, entrevistadora, dona de loja e promoter de boates no Rio de Janeiro… era uma pessoa cosmopolita e podre de chique.
O livro Na Sala Com Danuza foi lançado em 1992 e fez grande sucesso. Minha avó comprou em 1996 e me deu seu exemplar, que guardo com muito carinho até hoje. A publicação ganhou uma sequência em 2004, e em 2005 ela lançou seu livro de memórias, Quase Tudo, pelo qual recebeu um prêmio Jabuti. Também publicou outras obras e escrevia colunas em grandes jornais. Adoro seus ótimos conselhos, a leitura é fácil, vale conferir!
Chocante o último desfile da Balenciaga em NY. Essa é uma marca que vem se destacando na Comunicação e ações de Marketing desde, pelo menos, o início da pandemia. Segundo a Harper’s Bazaar, neste desfile eles provocaram uma discussão sobre como o dinheiro é o maior fetiche do mundo.
Nos anos 90 tudo era feito com mais espontaneidade. Ninguém sonhava em ser “influencer”. Pra relembrar os bons tempos, algumas fotos mostrando o estilo de Verão da princesa Diana.
Esta edição foi feita ao som da Vendredi sur Mer, e eu a dedico para o Ric Peruchi (in memoriam). Até a próxima!
Genial!
Chegou arrasando 🥳